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Galeria Luciana Brito

Niura Bellavinha: Fluidos e Fluxos

LB News
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Luciana Brito Galeria inaugura a mostra individual de Niura Bellavinha intitulada Fluidos e Fixos. A artista apresenta obras inéditas realizadas exclusivamente para a individual, entre elas pinturas, vídeos e fotografias.

 

Em sua primeira exposição individual na Luciana Brito Galeria, a artista ocupará o espaço com pinturas da sérieFluidos e Fixos.  Niura Bellavinha parte de sua já característica técnica de pintura com pigmentos secos aplicados sobre o linho e mais tarde atacados por jatos de água e de ar comprimido que tingem o tecido, empurrando a cor através da tela. Desta vez, entretanto, ela ressalta que “além de serem construídas com fluidos, elas são os próprios fluidos em ondas, mares, quedas d’água, rios e lagos. Como referência à pintura e gravura japonesas dos séculos XVIII e XIX”.  

 

Niura Bellavinha comenta: “parto de uma massa densa de tinta e depois vou abrindo com jato de água ou de ar comprimido. Acabo trabalhando ao contrário da tradição da pintura, porque vou retirando a pintura que ali está. (...)” A pintura de Niura Bellavinha tornou-se mais espessa, com consistentes sobreposições de tinta, ganhando mais corpo na série Fluidos e Fixos.

 

O vídeo Performed Painting 6 – INFILTRAÇÃO, mostra uma das pinturas da mostra no momento de sua criação. Este vídeo é projetado sobre uma tela de pintura e fragmentado pelo chão da sala através da reflexão de pequenos espelhos, debatendo mais uma vez as inúmeras maneiras possíveis de se fazer uma pintura. Em Performed Painting 1 – Vestígios-Guignard, uma pipa vermelha faz alusão à sua pintura quando se mostra translúcida, criando uma gama de tons rubros que se formam com luz e sombra. Finalmente, Performed Painting 1 – Guará, é a documentação da “escultura de poeira” da artista, um redemoinho em vermelho intenso.

 

O catálogo da exposição conta com entrevista feita pela crítica Fernanda Lopes, que menciona que “as novas pinturas reforçam a pesquisa a que se dedica a artista, investigando possibilidades pictóricas a partir do que a artista chama de pinturas/filmes, pinturas/fotos, pinturas/instalações, pinturas/interferências urbanas, pinturas/performances, e até a partir dos fluidos da natureza. (...)Hoje, cachoeiras, quedas d’água, chuvas, tempestades, ventos, nuvens, mares e espelhos d’água, são o fio condutor de trabalhos que buscam construir uma estabilidade quase improvável a partir do incerto da existência.”

 

Niura Bellavinha (Belo Horizonte, 1962) teve exposições individuais no Museu de Arte da Pampulha (Reflexa Translúcida. Belo Horizonte, 2006), no Paço das Artes (IN-OUT Translúcido. São Paulo, 2004), no Parque Lage (Ateliê em Movimento: Sabará-Mangueira. Rio de Janeiro, 2003), na OCA (A Seco. São Paulo, 2002) e no Museu de Arte Moderna (Translúcidos-Sabarás. Rio de Janeiro, 2001).  Participou de exposições como Novas Aquisições: Coleção Gilberto Chateaubriand (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2007), 80/90 Modernos, Pós-modernos, etc. (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2007), Manobras Radicais (Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, 2006), É Hoje na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand (Pinacoteca do Estado, São Paulo, 2006), Desvio para o Vermelho (Centro de Arte Contemporânea Inhotim, Brumadinho, 2006) e 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre (2005). 

17.11.2009 a 16.01.2010

 

abertura em 17 de novembro de 2009
terça a sexta-feira, das 10h às 19h
sábados, das 11h às 17h
entrada gratuita