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- 5a Bienal Internacional de Curitiba: Luz do Mundo
Anthony McCall, Regina Silveira, Caio Reisewitz e Pablo Lobato participam da mostra, que tem na luz seu eixo temático
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Anthony McCall, Regina Silveira, Caio Reisewitz e Pablo Lobato participam da quinta edição da Bienal Internacional de Curitiba, Luz do Mundo. A mostra acontece de 03 de outubro a 06 de dezembro, em seis espaços diferentes da cidade: Museu Oscar Niemeyer (MON), Museu Municipal de Arte, Centro Cultural Sistema FIEP, Galeria Osmar Chromiec – Apap, Jardim Botânico e Palacete dos Leões. Com curadoria de Teixeira Coelho, a exposição será composta por obras de artistas que tomam a luz como motor e matéria de suas obras, além de como conteúdo e forma.
Anthony McCall e Regina Silveira estão entre os primeiros nomes a vir em mente ao se pensar em exploração da luz como matéria artística. Anthony McCall (St. Paul's Cray, Inglaterra, 1946) participa da exposição com a instalação You and I, Horizontal II, recentemente exibida em São Paulo na mostra Imaterialidade (SESC Belenzinho). Tensionando as fronteiras entre cinema, escultura e desenho, o artista é um dos pioneiros na criação de instalações com luz e projeções. Em 1973, ele exibiu Light Describing a Cone em Nova York, a primeira de uma série de obras descritas como filmes de luz sólida, em que o artista cria a ilusão de formas tridimensionais através da projeção de feixes de luz. Em 2003, após um afastamento de 20 anos do mundo das artes, Anthony McCall retomou sua produção, incorporando a ela as novas tecnologias digitais.
Regina Silveira (Porto Alegre, 1939) é reconhecida por explorar o espaço a partir de contrastes entre luz e sombra, ilusões de óptica, perspectivas alteradas e pela interação entre imagem e arquitetura. Ao conferir propriedades elásticas à sombra de objetos, seu trabalho muitas vezes apresenta figuras intencionalmente distorcidas salvo quando vistas por um ponto de vista específico. Elementos de ordem emocional e sensorial estão envolvidos em suas hipertrofias e demais manipulações de imagens, pelas quais explora com liberdade e senso de humor as ambiguidades da perspectiva. Na Bienal, Regina Silveira apresenta a videoinstalação Limiar, de 2015, no MON; a intervenção urbana Vagaluz, de 2015, uma projeção de animação em laser realizada nas ruas da cidade; e Quimera, uma instalação de 2002 que será exibida na fachada do Shopping Pátio Batel.
Caio Reisewitz (São Paulo, 1967), por sua vez, participa da exposição com duas obras da série Cartagena de Indias: Catedral Santa Catarina de Alexandria I e Catedral Santa Catarina de Alexandria II, ambas de 2007. Nessas obras de intenso rigor formal e em grandes dimensões – cada fotografia mede 200 x 150 cm – é evidente a influência da Escola de Düsseldorf sobre o trabalho do artista. Realizador de uma produção que explora a tensão entre voracidade humana e meio ambiente, arquitetura e natureza, Caio Reisewitz tem recebido grande reconhecimento internacional. Em 2015, apresenta individuais na Maison Européenne de la Photographie (Paris) – o mais renomado museu do mundo voltado exclusivamente à fotografia e ao vídeo – e no Huis Marseille Museum voor Fotografie, em Amsterdam; em 2014, recebeu individual no International Center of Photography, em Nova York.
Pablo Lobato (Bom Despacho, 1976) apresenta o filme experimental Corda (2014), de sete minutos. Realizado durante o Círio de Nazaré – procissão católica realizada em Belém (PA) desde 1973 –, o curta acompanha a jornada de alguns promesseiros que, em furor para garantir suas relíquias, cortam a corda que conduz a berlinda em sua passagem pela cidade, ignorando as regras do evento sagrado. Em 2008, após dez anos de dedicação exclusiva ao cinema, Pablo Lobato passou a explorar outras formas de manifestação artística. Desde então, realiza obras híbridas, em que as fronteiras entre diferentes linguagens – como cinema, fotografia e instalação – ora são tensionadas, ora diluídas. Ainda neste segundo semestre, Lobato participa da Bienal do Mercosul e do Festival SESC_Videobrasil, além de apresentar individual na Fundação Joaquim Nabuco (Recife, PE).
Mais informações estão disponíveis no site da Bienal.