Feiras
- TEFAF 2025
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Em 2025 comemoramos o centenário de Waldemar Cordeiro. Para celebrar seu legado, a Luciana Brito Galeria (São Paulo, Brasil) e a The Mayor Gallery (Londres, UK) apresentam ao público da TEFAF New York um conjunto de obras que abrange as principais fases de sua produção, entre 1949 a 1973. Mais do que ilustrar os conceitos atemporais implementados pelo artista, esses trabalhos refletem sua importância para as transformações das artes visuais universais, a partir dos anos de 1950, sendo atualmente considerado uma das figuras históricas mais importantes da cultura internacional.
Waldemar Cordeiro nasceu na Itália em 1925 e emigrou para o Brasil ainda com 21 anos de idade, onde posicionou-se como um dos artistas mais importantes da arte contemporânea brasileira. No começo dos anos 1950, foi figura seminal para o surgimento e consolidação do Movimento Concretista, liderado por ele através do Grupo Ruptura (1952). Concebido pelo artista, o Manifesto Ruptura defendia uma arte nova, revolucionária e independente, baseada em conceitos de espaço, tempo e objetividade. As obras do artista desse período apresentam complexidade visual e inteligência na interação entre formas e cores.
Mais tarde, nos anos entre 1960 e 1963, Waldemar Cordeiro ingressou na fase Geometria Intuitiva, quando passou a experimentar com traços delineados a mão, demonstrando um interesse pela psicologia perceptiva, ferramenta criativa também usada na fase concreta, da mesma forma com que utilizava as formas e cores da vegetação tropical brasileira. Obra desse período foi destaque na 60a Bienal de Veneza, em 2024.
Em 1964, Waldemar Cordeiro passou a incorporar objetos do cotidiano encontrados na composição de suas obras, batizando-as de Popcretos (termo cunhado pelo poeta Augusto de Campos, combinando as artes pop e concreta). A partir do conceito de “obra aberta", do pesquisador Umberto Eco, o artista incluiu em sua produção a participação ativa do público, abarcando críticas políticas à realidade da América Latina e ao consumismo internacional.
Ainda no final dos anos 1960, Waldemar Cordeiro iniciou a pesquisa em arte por computador, pioneira na América Latina. Para isso, o artista criou uma metodologia própria a partir de fotografias, onde ele experimentava mudanças visuais nos elementos figurativos das imagens. Mais tarde, em 1971, a exposição internacional de arte de computador, Arteônica, organizada por Waldemar Cordeiro, estabeleceu definitivamente o uso das novas mídias eletrônicas na produção artística. O termo Arteônica foi cunhado pelo artista para unir arte e eletrônica e é atualmente o único que contempla plenamente todas as fases do uso da eletrônica na história da arte. A contribuição de Waldemar Cordeiro nessa área é considerada inovadora e revolucionária.
- SP-Arte 2025
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Para a SP-Arte 2025, a Luciana Brito Galeria apresenta obras que tratam da pintura expandida e os preceitos contemporâneos que orientam essas práticas. Com destaque para os artistas latino-americanos, a ideia é proporcionar um diálogo entre a pintura tradicional e as produções que naturalmente extrapolam os limites da tela ao trabalhar novas formas, suportes e materiais. Para isso, a galeria apresenta Afonso Tostes (1965, Brasil), Analivia Cordeiro (1954, Brasil), Antonio Pichilla (1982, Guatemala), Bosco Sodi (1970, México), Caio Reisewitz (1967, Brasil), Campana (Fernando Campana 1961-2022. Humberto Campana 1953, Brasil), Delson Uchôa (1956, Brasil), Fernando Zarif (1960-2010, Brasil), Gabriela Machado (1960, Brasil), Geraldo de Barros (1923-1998, Brasil), Hector Zamora (1974, México), Iván Navarro (1972, Chile), Liliana Porter (1941, Argentina), Rafael Carneiro (1985, Brasil), Regina Silveira (1939, Brasil), Tiago Tebet (1986, Brasil), Thomaz Farkas (1924, Hungria - 2011, Brasil), Waldemar Cordeiro (1925, Itália - 1973, Brasil), além de Marina Abramovic (1946, Iugoslávia) e Rob Wynne (1948, EUA).
- ARCOmadrid 2025
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Luciana Brito Galeria anuncia sua participação na ARCOMadrid, uma das principais feiras de arte contemporânea da Europa. Para a edição de 2025, que acontece de 5 a 9 de março, a galeria selecionou obras que refletem a importância da pesquisa artística, bem como seus processos de criação. Para isso, a galeria destaca o legado histórico de Geraldo de Barros (1923-1998, Brasil), Regina Silveira (1939, Brasil) e Waldemar Cordeiro (1925, Itália -1973, Brasil). Obras raras desses artistas são apresentadas em diálogo com outras de Analivia Cordeiro (1954, Brasil), Antonio Pichillá (1982, Guatemala), Bosco Sodi (1970, México), Caio Reisewitz (1967, Brasil), Gabriela Machado (1960, Brasil), Iván Navarro (1972, Chile), Rafael Carneiro (1985, Brasil) e Raphael Zarka (1977, França).
Com mais de 60 anos de carreira, Regina Silveira sempre esteve à frente nas pesquisas sobre percepção e representação visual, principalmente por meio de estudos sobre os princípios de perspectiva e tridimensionalidade. Obras da série “In Absentia” (déc. 1980) mostram como a artista já manipulava graficamente os códigos de representação em perspectiva, neste caso simulando objetos ausentes. Os estudos históricos dessa série ilustram as etapas percorridas pela artista até seu objetivo final, que na época não contavam com a ajuda tecnológica e eram realizadas com pincel e tinta no ambiente. Uma das versões apresentadas na feira, a “M.D.” (Marcel Duchamp), foi inclusive apresentada ao público em 1983, durante a 17a Bienal de São Paulo. Outra obra importante de Regina Silveira, “Quimera”, teve sua primeira versão mostrada na Galeria Luciana Brito em 2004, em exposição paralela à edição do mesmo evento. Trata-se de uma instalação que representa a habilidade da artista em brincar com a nossa percepção, através de um processo metalinguístico que envolve luz e sombra. O conjunto da obra de Regina Silveira pode ser visto atualmente no La Virreina Centre de La Imatge, em Barcelona.
Da mesma forma que Regina Silveira, Geraldo de Barros e Waldemar Cordeiro são grandes representantes da vanguarda artística brasileira. Ambos desempenharam papeis fundamentais para posicionar as artes visuais do Brasil na cena contemporânea de maneira definitiva. Multifacetada, a obra de Geraldo de Barros é representada na feira por mais de 20 obras, que contemplam suas investigações mais significativas, como as fotografias da série “Fotoforma” (1940-1950), da qual a galeria apresenta, inclusive, díptico inédito que demonstra os processos de criação envolvidos, onde a imagem original pode ser comparada com o resultado final. Também poderão ser vistas obras que revisitam a fase concretista do artista, além de trabalhos da série “Sobras” (1996-98), sua derradeira pesquisa, além de peças de mobiliário da emblemática “Unilabor", fábrica cooperativa que atuou de 1954 a 1967 no Brasil. Contemporâneo e parceiro de Geraldo de Barros, Waldemar Cordeiro é um dos principais nomes do Movimento Concretista. Pinturas e desenhos representativos desse período são apresentados ao lado de trabalhos da chamada arte de computador, pesquisa que mais uma vez o posicionou como precursor.
Obras históricas de Analivia Cordeiro também compõem o conjunto. A série “0°‹-› 45°” (1974), faz parte de pesquisa pioneira da artista em vídeo e computer dance, hoje considerada antecessora do videoclipe. A obra representa um experimento sobre nossa percepção do espaço-tempo, que reflete tanto o mundo digital atual quanto o da década de 1970, quando a tecnologia dava sinais da influência exercida na vida social.
O legado desses artistas pavimentou o caminho para as pesquisas atuais. Artistas como Antonio Pichillá e Bosco Sodi apresentam obras que utilizam o tecido e o tear para dar voz às suas suas culturas e ancestralidades, ao passo que Iván Navarro utiliza a tecnologia em esculturas luminosas que alertam para os desafios da atualidade e rememoram a história, assim como Caio Reisewitz, que transmite sua preocupação com a política e meio ambiente por meio de suas fotografias. Em outro âmbito, a galeria reúne pinturas de Gabriela Machado e Rafael Carneiro, demonstrando como elas se complementam e como o trabalho desses artistas mantém-se no limiar entre o figurativismo e o abstracionismo. - Art Basel Miami Beach 2024
- ArtRio 2024
- SP-Arte 2024
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Para essa edição da SP Arte, a Luciana Brito Galeria apresenta um conjunto de obras com os principais destaques de sua programação. A artista Gabriela Machado (1960, Joinville) abre a agenda de exposições de 2024 com a maior mostra de sua carreira, com curadoria de Oswaldo Corrêa da Costa, reunindo pinturas e esculturas em porcelana que trazem as narrativas de seu caminhar. Outro destaque fica para o artista mexicano Bosco Sodi (1970, México), que apresenta algumas das icônicas pinturas texturizadas, realizadas durante o “Luciana Brito Galeria LAB”, projeto inédito de ateliê aberto, onde ele produziu obras para sua primeira mostra institucional no Brasil, que acontece na Casa das Rosas, em São Paulo, com curadoria de Marcello Dantas.
Além disso, a galeria apresenta uma pintura inédita de grande dimensão de Rafael Carneiro (1985, São Paulo) e obras de Jorge Pardo (1963, Cuba) que fizeram parte de sua mostra na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2019. Os artistas Delson Uchôa (1956, Maceió) e Afonso Tostes (1965, Belo Horizonte) apresentam, ainda, pinturas provenientes das suas pesquisas mais recentes, enquanto Caio Reisewitz (1967, São Paulo), Iván Navarro (1972, Chile) e Héctor Zamora (1974, México) também marcam presença com trabalhos representativos de suas produções.
- Art Basel Miami Beach 2023
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Essa curadoria foi pensada especialmente para apresentar uma síntese do ano de 2023 da Luciana Brito Galeria, reafirmando a trajetória de seus artistas representados. Além de projetos institucionais relevantes, a galeria destaca também sua própria programação, que contou com nove projetos expositivos, encerrando o ano com a mostra coletiva "Primavera Silenciosa". Somando-se aos brasileiros Afonso Tostes, Caio Reisewitz, Fernando e Humberto Campana, Delson Uchôa, Gabriela Machado, Regina Silveira e Waldemar Cordeiro, a galeria apresenta também obras dos artistas Marina Abramovic, Bosco Sodi, Iván Navarro, Jorge Pardo, Antonio Pichillá e Manuel Chavajay.
Com curadoria da chilena Alexia Tala, a exposição "Primavera Silenciosa" é um projeto audacioso que reúne artistas latino-americanos para mostrar ao público a importância da cosmovisão indígena na relação com o meio ambiente. Nesse contexto, artistas como Antonio Pichillá e Manuel Chavajay apresentam trabalhos que agregam elementos da contemporaneidade, ao passo que resgatam suas ancestralidades de origem indígena Maia Tz’utujil. Ainda revisitando sua programação de 2023, a galeria apresenta trabalhos de Afonso Tostes que fizeram parte da mostra "Ajuntamentos", projeto que mais tarde teve continuidade na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Aqui, o que seria descartado foi reaproveitado pelo artista, que criou pinturas a partir das sobras de seu processo de produção em estúdio. Já a obra de Bosco Sodi, reaproveita sacas velhas de grãos de café para realizar o registro solar em uma pintura monumental.
Em 2023 a galeria também realizou a mostra que marcou a volta de Delson Uchôa ao time de artistas da galeria depois de mais de dez anos. As obras resumem o resultado de uma pesquisa inédita, do qual ele combina a geometria popular nordestina com a planimetria construtivista de Bauhaus, utilizando fibras vegetais para a composição dos trabalhos. Paralelamente, rememorando um dos expoentes da arte brasileira, a galeria apresenta um conjunto de obras da série "Geometria Intuitiva", de Waldemar Cordeiro. Trata-se de uma fase de suma importância na produção do artista, que mesmo defendendo o apelo estético Construtivista, deixou de lado a precisão da régua e do compasso para aderir ao desenho e cores mais livres. A galeria também mostra uma instalação histórica de Marina Abramovic, numa homenagem à artista sérvia, que no momento apresenta sua primeira grande exposição na Inglaterra, na Royal Academy of Arts.
Complementando a curadoria, a galeria reúne, ainda, trabalhos de Caio Reisewitz, artista que ocupou todos os ambientes da galeria no começo do ano com a mostra "Mundo do Meio". Nesse projeto, o artista apresentou uma síntese da sua pesquisa de mais de vinte anos em torno da representatividade da arquitetura. Na ocasião da feira, o público poderá ver também trabalhos de Jorge Pardo, Iván Navarro, Regina Silveira, além de Gabriela Machado, a mais nova artista representada pela galeria.
- ArPa 2023
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A ideia de realizar um estande solo do artista Fernando Zarif surgiu não apenas para prestar uma justa homenagem a esse artista, como também proporcionar ao público conhecer mais sobre sua produção multidisciplinar, que foi tão importante para a cena artística paulistana das décadas de 1980 e 90. Com curadoria de Rafael Vogt Maia Rosa, que desde 2018 estuda o legado de Fernando Zarif, a seleção apresenta um conjunto antológico de obras inéditas, enfatizando a singularidade de sua produção pictórica no contexto da chamada “volta à pintura” na arte brasileira dos anos 1980, bem como de experimentações tridimensionais e fotográficas, especialmente por meio do auto-retratismo, que o possibilitou alcançar uma figuração condizente com seu lirismo e expressividade, teatralizadas e insubmissas. O objetivo também é mostrar a independência e o virtuosismo que permitiram ao artista atravessar as tendências dominantes da época, apoiadas em uma crítica de extração formalista e no caráter heroico do expressionismo abstrato norte-americano, cultivando um “orientalismo” filosófico e poético, cuja fonte é a tradição do automatismo surrealista e uma concepção musical da história da arte.
- SP-Arte 2023
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Para a edição 2023 da SP-Arte, a Luciana Brito Galeria apresenta um conjunto de obras que trata da importância da multidisciplinaridade nas artes visuais e a potência da diversidade de materiais nas pesquisas de seus artistas representados, bem como a pluralidade de seus discursos. Os destaques são Afonso Tostes (1965, Brasil) Bosco Sodi (1970, México), Caio Reisewitz (1967, Brasil), Delson Uchôa (1956, Brasil), Gabriela Machado (1960, Brasil), Geraldo de Barros (1923, Brasil), Héctor Zamora (1974, México), Iván Navarro (1972, Chile), Rafael Carneiro (1985, Brasil), Rochelle Costi (1961, Brasil), Waldemar Cordeiro (1925, Itália) e os irmãos Fernando e Humberto Campana, do estúdio Campana.
- Art Basel Miami Beach 2022
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Para essa edição da Art Basel Miami Beach, a Luciana Brito Galeria apresenta um conjunto de trabalhos de artistas representados que contribuíram para o debate cultural internacional nos últimos anos, como Allan McCollum (1944, EUA), Anthony McCall (1946, Inglaterra), Bosco Sodi (1970, México), Iván Navarro (1972, Chile), Leandro Erlich (1973, Argentina), Liliana Porter (1941, Argentina) e Marina Abramovic (1946, Iugoslávia), além de Caio Reisewitz (1967, Brasil) e Regina Silveira (1939, Brasil). O argentino Leandro Erlich tem sido um dos destaques de 2022, passando por diversas instituições no mundo, inclusive itinerando pelos Brasil, nos espaços do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Atualmente, o artista prepara “Liminal”, mostra que resgata seus últimos vinte anos de produção, no PAMM (Pérez Art Museum Miami), com curadoria de Dan Cameron. O artista apresenta, ainda, performance no estande da Luciana Brito Galeria na feira e no museu, “You can’t have your cake and eat it too”, em parceria com a Kreëmart. A ação apresenta um bolo de chocolate em formato de peça de mobiliário, que ficará exposto durante todo o dia do First Choice day para ao final ser dividido pelo artista e servido aos convidados.