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Galeria Luciana Brito

Ivens Machado: Made in China

LB News
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Na Galeria I, Ivens Machado, expoente da geração de artistas da década de 70, revela um universo onírico e singular na exposição Made in China, composta por 5 esculturas inéditas de grandes dimensões, resultado de uma ampla pesquisa de modelagem que introduziu o papelão à suas criações. É a primeira vez que o artista, que já vinha desenvolvendo trabalhos com materiais ‘pobres’ como cimento, ferro, pedras, madeira e vidro, apresenta publicamente as novas formas.

 

Diferentemente da secura e rigidez dos trabalhos anteriores, que recusavam o apelo sensorial, a nova série de esculturas provoca os sentidos ao explorar as possibilidades plásticas do papelão de caixas de bicicleta, atribuindo leveza às composições, e criando uma estética única. “As imagens que o artista produz não se circunscrevem somente aos limites visualmente decodificados do inusitado, do grotesco ou do erótico. São antes, escolhas amorais, órfãs e nômades. Sua obra constrói-se a partir de um encontro da pureza no escasso”, comenta Marcio Doctors em texto publicado em “Ivens Machado – o engenheiro de fábulas”.

 

Pioneiro da videoarte no Brasil, Ivens Machado configura-se  como um dos artistas mais livres da sua geração. A coragem de se colocar constantemente em discussão já marcou vários momentos de sua extraordinária carreira. Paralelamente aos vídeos, o artista produziu, ainda nos anos 1970, grandes séries de desenhos, em sua maioria baseados na introdução de pequenas alterações em folhas pautadas ou quadriculadas. A partir do meio da década de 1980, contudo, o interesse do artista fixou-se nas esculturas. Nelas, material e forma trabalham juntos, sem dissociação de sentido, relacionando-se entre si em uma trama complexa entre memória social/histórica, forma contemporânea e autonomia moderna, e dialogam com outras esferas da cultura, sem critérios hierárquicos, num jogo de efetiva reciprocidade.

 

Autor de uma obra singular, o artista possui vasto currículo nacional e internacional, tendo participado cinco vezes da Bienal Internacional de São Paulo, (1973, 1981, 1987, 1998 e 2004); da XIII Bienal de Paris, Novelle Bienal de Paris (1985); e de importantes mostras, como Bienal do Mercosul, em Porto Alegre (1997), além de mostras individuais e coletivas em diversos países do mundo.

 

Sua obra desperta grande interesse de galerias, museus, curadores e estudiosos desde seu surgimento, constituindo material permanente de reflexão em textos escritos por renomados críticos e curadores como Fernando Cocchiarale, Ligia Canongia, Paulo Herkenhoff, Eduardo Jardim, Milton Machado, etc. Possui trabalhos em importantes acervo de instituições internacionais como Cisneros Fontanals Art (EUA), e nacionais, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna da Bahia.

 

Exímio desenhista e escultor, Ivens (Florianópolis,1942) Machado se destaca no cenário artístico pela imaginação altamente fantasiosa com que depura e transforma o mundo orgânico da natureza e as construções da cultura. O artista vive e trabalha no Rio de Janeiro (Brasil).

16.08.2010 a 11.09.2010

 

terça a sexta-feira, das 10h às 19h

sábados, das 11h às 17h

entrada gratuita